O RJ1 teve acesso exclusivo a uma carta escrita por Júlia Cathermol para seu outro namorado, Jean Cavalcante de Azevedo.
A Polícia Civil do RJ trabalha com a hipótese de que Luiz Marcelo Ormond já estava sendo envenenado dias antes do “crime do brigadeirão”.
Nesta carta, escrita enquanto Júlia está na prisão, a psicóloga menciona que Ormond “estava sempre dopado”. A 25ª DP (Engenho Novo) agora investiga se, antes de consumir o brigadeirão, Ormond já havia ingerido, sem saber, substâncias letais.
Na carta, Júlia pede perdão a Jean diversas vezes, afirmando que estava “sendo coagida e sob ameaça”. Embora não mencione quem a ameaçava, a mãe e o padrasto de Júlia declararam que ela “fez uma besteira obrigada por Suyany” — a mulher que se apresenta como Cigana Esmeralda e que, segundo a polícia, é considerada a mandante e mentora do assassinato.
Cena do beijo
Júlia também menciona na carta a Jean o beijo que deu em Ormond no elevador no dia 17 de maio — data em que, de acordo com a perícia, o empresário foi morto.
“Aquele beijo foi fingido e não passou disso, até porque ele [Ormond] estava sempre dopado, e eu fugia, não dormia nem no mesmo quarto”, escreveu Júlia.